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Construções sustentáveis apresentam melhores benefícios ao longo do tempo, garante CEO da Green Building Brasil, Felipe Faria16/08/2017 - Edifícios verdes têm menor taxa de vacância ![]() Imóveis corporativos de alto padrão em São Paulo como na foto (EZ Towers), podem reduzir drasticamente contas de energia elétrica. Foto: Rafael Arbex / Estadão Plínio Aguiar ESPECIAL PARA O ESTADO Uso racional da água, eficiência energética, redução, reutilização e reciclagem de materiais e recursos, qualidade dos ambientes internos da edificação, espaço sustentável, inovação e tecnologia. São características dos chamados prédios verdes. No País, uma das entidades que certificam a sustentabilidade de um empreendimento é a Green Building Council Brasil (GBC). De acordo com estudo realizado pela Geoimóvel adotado pela GBC, existem cerca de 1.379.812 m² de imóveis corporativos de alto padrão que possuem o certificado LEED em São Paulo, segundo a companhia. “O número representa 34% em relação à totalidade (4.017.353 m²) de imóveis empresariais na cidade”, afirma o CEO da GBC, Felipe Faria. Há dez anos no Brasil, a GBC já registrou 1.230 pedidos de certificação, dos quais 423 já obtiveram o selo. “Depende da velocidade da construção do projeto e, por isso, não é um número baixo. Aliás, são muitos empreendimentos”, relata. O processo de reconhecimento passa por quatro etapas: registro, verificação, revisão e certificação. O valor é agregado em relação ao m², segundo Faria. “Até 5 mil m², o custo é de US$ 3.500 dólares, podendo chegar até US$ 38 mil dólares, quando o máximo é 50 mil m²”, afirma. O investimento que é feito no início do projeto da construção às vezes pode sair mais caro, bem como o valor de locação. A média apresentada da capital paulista é de R$ 104,52 (m² / mês) dos imóveis que possuem o certificado, enquanto os não-verdes custam R$ 94,52 (m² / mês). “Mas na prática, o custo para o locatário é menor porque ele tem mais benefícios, como um ar ambiente melhor, excelente aproveitamento de tecnologias e uso eficiente de água”, afirma Faria. A única região que apresenta o valor de locação mais barato para os imóveis certificados é nos Jardins: R$ 100 (m² / mês) contra R$ 119,12 (m² / mês) para os não-verdes. “O custo é inferior por causa da quantidade de oferta de prédios reconhecidos com o LEED, além da idade desses edifícios, o que conta na hora de cobrar dos futuros locatários”, disse a responsável pela pesquisa, Denise Ghiu. Grande parte dos locatários já entende a importância e prioriza acomodar os escritórios em edifícios sustentáveis, segundo o vice presidente da CBRE, Adriano Sartori. A empresa tem sua base instalada em um dos prédios verdes na capital paulista. “Além de colaborar com o ecossistema, são eficientes e trazem economia no final do mês e, para muitos empresários, esse é o diferencial na hora de fechar o contrato”, afirma. O estudo mostra que os prédios certificados têm taxa de vacância 9,5% mais rápida em relação aos sem o selo verde. A especialista em edifícios corporativos e responsável pela pesquisa, Denise Ghiu, avalia os números como um diferencial competitivo importante. Sartori declara que a sustentabilidade faz parte do padrão de operação da empresa desde 2011, quando conseguiu zerar as emissões de carbono. “A maioria dos edifícios gerenciados pela CBRE já são planejados para obter a classificação do prédio verde”, disse. A Cyrela Commercial Properties (CCP) também está instalada em um prédio sustentável na capital paulista. Segundo o diretor-presidente, Pedro Dalto, a companhia associou-se ao Pacto Global das Nações Unidos, o qual firmou compromisso de proteção ao meio ambiente. De acordo com Dalto, a possibilidade de oferecer melhoria substancial das condições de bem-estar e de conforto dos usuários são benefícios dos prédios sustentáveis. “O imóvel verde representa uma vantagem competitiva no sentido de conseguir maior velocidade nas comercializações”, afirma. O diretor-presidente acrescenta que, na maioria dos casos, a empresa já recuperou o gasto que investiu para tornar os prédios verdes. O CEO da GBC também chama a atenção para o fato de as taxas de condomínio serem menores nos edifícios reconhecidos. “Nos corporativos, o valor médio da taxa condominial na capital paulista é de R$ 25,70 / m², ao mesmo tempo nos que possuem o LEED é de R$ 22,80 / m².” “Há muita preocupação em construir imóveis verdes pelas questões de responsabilidades sociais, ambientais e econômicas”, avalia o CEO da Forte Soluções Ambientais, Matheus Forte. Ele concorda com o professor em relação à parte financeira. “Temos a comprovação de que é mais eficiente o sustentável do que o convencional.” No entanto, Forte reconhece que ainda há dificuldades. “O mercado ainda está em desenvolvimento para ter uma cadeia de fornecimento de materiais, de equipamentos, de tecnologia sustentáveis”, afirma. De acordo com o professor, o problema também está nas questões contratuais. “Em alguns prédios comerciais fora do País, as taxas de condomínio são pagas pelo proprietário”, conta. “No Brasil é o contrário, mas a lógica internacional é mais simples: o locador deveria cobrar mais caro em benefício de uma despesa de condomínio menor para o locatário”, diz. Posição. Em um ranking de 165 países, o País ocupa a quarta posição dos mais verdes. “A companhia não esperava essa colocação”, assume Faria. “Tendo em vista o momento de dificuldade política e econômica, não esperávamos continuar no quarto lugar e a manutenção foi uma surpresa para nós”. Mesmo frente a aspectos políticos e econômicos de dificuldades, a construção verde apresentou outra realidade. “O ano de 2016 foi um dos melhores desempenhos em termos de projetos registrados.” Faria informa: “Foram 201 novos, sendo que o recorde é de 2012, quando tivemos 209 propostas”. Primeira casa sustentável. A ideia de construir uma moradia sustentável sempre agradou o administrador de empresas Henrique Cury, de 46 anos. “O propósito era mostrar para os meus filhos que é possível erguer uma casa e ao mesmo tempo respeitar o ecossistema”, afirma. Morador do bairro nobre Vila Nova Conceição, localizado na zona sul de São Paulo, Cury possui o título da primeira residência certificada pelo selo CASA, dado pela Green Building Council Brasil (GBC). “Eu me sinto realizado, porque eu tinha o sonho de construir uma casa sustentável”, afirma. Em 2014, o administrador comprou um terreno de 290 m² e nos dois anos seguintes construiu a casa, com 400 m² de área útil. No processo de construção, Cury registrou o imóvel na GBC e realizou todos requisitos impostos para conseguir o certificado. “Instalei placas solares para aquecimento de água, a fim de não haver gasto com gás; coloquei placas fotovoltaicas, as quais praticamente zeraram a minha conta de luz mensal; também inseri captação da água de chuva”, conta. Segundo Cury, toda a madeira existente no imóvel é proveniente de demolição – comprada e tratada em uma fazenda no Paraná. De acordo com a instituição, o custo para ganhar o selo CASA para imóveis com até 600 m² pode chegar a R$ 7 mil. “Eu gastei 10% do total da minha obra. Financeiramente, eu gastei mais, obviamente, mas pelos cálculos de payback, irei recuperar o dinheiro em até três anos”, afirma Cury. “Não me arrependo de ter gastado mais, porque os benefícios são maiores. É preferível ter uma qualidade de vida melhor.” O maior desafio da GBC é ingressar com mais força justamente no setor residencial, segundo o CEO da empresa, Felipe Faria. “O campo de moradia representa o maior volume construtivo do país e isso exige melhor organização dos canais de comunicação e aumento de nossa rede de parcerias para que isso seja possível”, afirma Fonte: http://economia.estadao.com.br/blogs/radar-imobiliario/edificios-verdes-tem-menor-taxa-de-vacancia/ Outras NotíciasAS VANTAGENS DE FINANCIAR UM IMÓVELVEJA AS VANTAGENS DE FINANCIAR UM IMÓVEL No atual cenário de crise, a população brasileira vem deixando de investir e...![]() Alguns lugares já começaram a utilizar carros autônomosAlgumas cidades do mundo, como Cingapura, já estão utilizando carros autônomos. 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